sábado, dezembro 18, 2004

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Sendim
II Arribas Folk
Concurso de Música FolkSendim, 18 de Dezembro de 2004. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Arrefole, Beltane, Chchurumel, MU e Toques do Caramulo são os cinco projectos seleccionados para a segunda edição do Arribas Folk, um concurso de música folk dedicado a descobrir novos talentos da folk nacional. Dia 18 de Dezembro, vão a votos.
Já estão seleccionados os cinco finalistas do II Arribas Folk - Concurso de Música Folk, a realizar no dia 18 de Dezembro de 2004, pelas 22h00, em Sendim (concelho de Miranda do Douro), numa iniciativa organizada pelo Centro de Música Tradicional Sons da Terra e pela Mirai Qu'Alforjas - Associação de Juventude de Sendim. Eis, por ordem alfabética, os cinco grupos seleccionados: Arrefole (Vila Nova de Gaia); Beltane (Lisboa); Chchurumel (Trancoso); MU (Porto) e Toques do Caramulo (Águeda).
Para além dos prémios monetários que serão atribuídos a todos os finalistas, nos termos do regulamento geral do concurso, o primeiro classificado tem garantida uma actuação remunerada integrada no programa do VI Festival Intercéltico de Sendim e o segundo no IV Festival Intercéltico de Vizela. Acresce o facto de estarem presentes na final do Arribas Folk vários programadores de festivais portugueses e espanhóis que, na anterior edição do concurso, tomaram conhecimento do trabalho dos grupos e efectuaram contactos que permitiram posteriores actuações em diversos eventos do género.
Trata-se de um evento através do qual se pretende contribuir para a divulgação dos grupos dedicados à música folk - em grande parte inspirada nas raízes tradicionais e, como tal, potenciadora do conhecimento de reportórios identitários, bem para a sensibilização e captação de novos públicos.
O facto de este evento se realizar em Sendim, cujo Festival Intercéltico anual tem vindo a suscitar a adesão entusiástica dos públicos folk nacionais e espanholas, insere-se numa dinâmica de intervenção cultural que as duas organizações promotoras pretendem estabelecer na área do Planalto Mirandês durante todo o ano, de molde a contrariar a tendência para a concentração de todas as ocasiões festivas no período de veraneio.

Arrefole (Vila Nova de Gaia)
Os Arrefole são uma formação de músicos jovens, que surge de forma muito natural e subtil. Procuram a música pela música, como parte de um crescimento e entendimento das realidades e circunstâncias do nosso tempo. Mas dado que o que vivemos hoje é função do que passou, há que entender o passado, que é nosso, e sempre o será quer queiramos quer não. Oriundos de um meio urbano, tentam criar uma experiência sonora que tenha a ruralidade como pano de fundo. Buscam instrumentos nos confins do tempo, enquanto que outros estão mesmo aqui ao pé, aos quais nunca poderão escapar. Encravados no eterno conflito entre tradição e modernidade, entre um tempo que insistem ainda não ter passado, e outro, que estão seguros que já chegou, tocam o que a sensibilidade e a circunstância de um povo lhes transmite... simplesmente. Não existe inovação sem tradição e nenhuma tradição resistirá sem inovação.

Beltane (Lisboa)
Desde 1997 os Beltane dedicam-se à música tradicional irlandesa, muito devido ao interesse que partilham pelo género, interesse esse que os faz investigar e investir tempo a divulgar este tipo de música em Portugal. Os Beltane contam já com um vasto número de espectáculos realizados em Portugal, bem como em alguns pubs espalhados pela Irlanda, onde estiveram recentemente.

Chuchurumel (Trancoso)
O projecto Chuchurumel passa pela interpretação da música tradicional portuguesa e de originais, misturando instrumentos convencionais (percussões, gaita de foles, harmónio, concertina, harmónica, flautas, piano, ocarina, braguesa, beiroa, viola, bandolim), com instrumentos simples (pedras, paus, apitos), com outros construídos por César Prata e com programações. Chuchurumel desenvolve também trabalho no âmbito de recolhas da tradição.

MU (Vila Nova de Gaia)
A instrumentação utilizada por este quarteto é esclarecedora: didgeridoo, percussões, cordofones, flauta, tabla, violino e acordeão. O modo como se apresentam sui generis: Pega-se num didgeridoo australiano e põe-se a marinar com a especiaria da tabla indiana durante sensivelmente um ano. Depois junta-se o violino bem temperado com os aromas da Irlanda e faz-se o estrugido. Para adoçar este prato, barra-se muito bem o cozinhado com as doçuras do acordeão previamente condimentado com os sabores da França, da Bélgica e, claro, da Europa do leste! Após cerca de um ano a cozinhar, o resultado está na mesa: uma refeição rica e original em sabores musicais do mundo!

Toques do Caramulo (Águeda)
O grupo Toques do Caramulo, como o seu próprio nome indica, dedica-se à recolha e recriação do rico reportório que faz parte do património musical das gentes da vasta área da Serra do Caramulo. Com o intenso trabalho de recolha realizado na região, os membros do grupo adquiriram uma sensibilidade adequada ao conhecimento profundo de tais reportórios, o que de sobremaneira se reflecte na música que apresentam, com recurso a uma instrumentação da qual sobressaem as cordas (viola braguesa, rabeca, bandolim) às quais se juntam a flauta transversal, o baixo e o cajon.

(Estou a torcer pelos Beltane)

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