Regressar...

Eu disse-te que a vida iria continuar. Fazendo tu parte da minha, ou eu da tua... ou simplesmente nenhuma destas opções, o comboio jamais fica parado no mesmo destino de forma eterna. De quem é a culpa? das paisagens que mudam... do tempo que se transforma. Por vezes, o frio envolve o nosso coração e afasta o sol. Torna o encontro em desencontro. Olhando pela janela, a velocidade com que vamos percorrendo este caminho acelera... não existe oportunidade para pensar no que foi, naquilo que é hoje... e no talvez do dia de amanhã. Ou nunca... será? faço-te um desafio: compra um bilhete... senta-te no nosso banco, lê as notas que te deixei... e entra numa viagem sem rumo. Pode ser que em qualquer paragem eu esteja lá de novo.



(13 de Junho, 1994. Encontrei hoje no meio de cadernos perdidos...)