Palavras do novo Papa...

Durante a homilia da missa campal, perante cerca de um milhão de jovens de todo o mundo, o Papa condenou a existência de um "boom do religioso", no qual "a religião se tornou quase um produto de consumo", referindo-se ao crescimento de seitas como o New Age, das religiões orientais e novos movimentos religiosos aparecidos no protestantismo e no catolicismo.

"Cada um escolhe o que lhe agrada e alguns sabem também tirar proveito disso", constatou Bento XVI, ressalvando não pretender desacreditar tudo o que se situa nesta nova realidade religiosa. "Mas a religião procurada como uma espécie de bricolage, ao fim de contas, não nos ajuda", estimou o chefe espiritual da Igreja Católica. O Papa alertou contra "um estranho esquecimento de Deus" e, ao mesmo tempo, "um sentimento de frustração no mundo inteiro". Bento XVI insistiu junto dos jovens para que a missa de domingo seja "o centro" das suas vidas. "É bom que hoje em numerosas culturas, o domingo seja um dia livre", salientou o papa, "mas este tempo livre fica vazio, se deus não estiver presente", afirmou. O Papa sublinhou ainda a importância para a igreja católica da comunhão de todos os fiéis com "o Papa e os bispos", salientando que "são eles que garantem que não se procurem sentidos privados". Apelo ao envolvimento da sociedade.

Se a igreja parou no tempo, se não dá respostas plausiveis aos crentes, é óbvio, que estes, de tão perdidos que se encontram, vão em busca de algo que os reconforte. Alguma duvida? eu senti-me assim, até que acabei por me afastar... é obvio que a associação tem um papel importante na minha vida, mas dentro da instituição, não me vou voltar a inserir. Não suporto ser carneirinho de ninguém....

O ter de ir à missa, como o Santo Padre afirmou, não deve ser um dever... deve-se ir porque se tem necessidade. Eu sinto-me melhor a rezar junto ao mar, ou no meu quarto, do que num sitio frio e que não me diz nada. Já assisti a muitas "beatas" não falharem um domingo (ou todos os dias), mas se lhes perguntarem o que foi discutido na homilia... não sai nada. Ou pior, chegam cá fora e são bem piores de carácter do que aqueles que só lá vão uma vez por ano... isso a mim não me diz nada.

Quanto ao tão falado consumismo... bem.. aqui ele enterrou-se. Ele já foi a Fátima resmas de vezes, e sabe o que se passa por lá, ou em lurdes... e noutros tantos sitios, onde a igreja se semeou (nem que seja à custa de cultos pagãos). Por aí também não acertou bem na questão...

Estamos no séc XXI, e assisto a situações como em África, onde a Igreja tem poder para auxiliar, e não o faz de modo mais concreto, só para não perder o poder. Irrita-me, ver morrer pessoas por causa de doenças, perfeitamente preveniveis, e só por causa da teimosia da elite não se procede a essa prevenção. Ou por ex. em Manila, como vi numa reportagem há pouco tempo, onde se dizia que a igreja não permitia de modo nenhum o uso de preservativo, e por isso existiam tantos casos de aborto clandestino. Admite-se? vi mulheres dizerem que utilizavam como modo de prevenção, pasta dentifica, entre outros meios... fiquei abismada.

Por isso digo e repito, antes de apontarem o dedo, vejam o que se passa na sua casa. Todos temos telhados de vidro. E a Santa Madre Igreja, ainda tem muitos pecados para expurgar.