O friozinho na barriga já começa a agravar-se querendo libertar-se
Uma nostalgia invade-me nesta altura. Sentimentos estranhos de recordações de momentos que outrora aconteceram. O zanzar do dia a dia vai acumulando cansaço, uma ansia de sair daqui para fora, de ver coisas novas, sons, rostos estranhos e nada banais.
Chego cansada, atiro a mala para um canto, pego na chave da arrecadação e desço as escadas. No meio de tanta tralha, a um canto abandonadas estão as mochilas, os sacos cama, os colchões e todo o material que de tanto, quase se torna inutil. Juro, que andei a pensar nisto desde manhã. Revi mentalmente a longa lista do que terei de fazer. A roupa que irei levar; a comida que teremos de comprar... dar um ponto ou dois no velhito saco cama; o ano passado a tenda rasgou-se um bocadinho... mais um problema que vou ter de resolver . Fora de mim as coisas continuaram a ser a mesma coisa. A mesma senhora idosa sentada no banco da frente, queixando-se das costas e dos ossos; o senhor tentando não bocejar, escutando-a delicadamente; ao meu lado o eterno par enamorado, acho que se conheceram há uns cinco anos... observei sem querer os primeiros olhares, o beijo timido por eles dado num dia de chuva... meras coincidências; falta uma senhora... ouço uma conversa entre duas amigas dela, afinal não vai chegar atrasada - faleceu vitima de cancro- lamento-o, depois de sete anos a fazer aquele percurso, ela tinha sempre um sorriso amigo de boas vindas, quando me via chegar. Ou seria impressão minha?
Dentro de mim... perdura, este tal sentimento de que está quase, essa distância temporal horrivél... que nos faz continuar no nosso caminho durante mais algum tempo, até termos oportunidade de fugir da nossa resumida realidade.. até lá... vou fazendo listas mentais, observando pares enamorados, velhotas semi doentes; conversas do dia a dia.... no eterno 29.
Chego cansada, atiro a mala para um canto, pego na chave da arrecadação e desço as escadas. No meio de tanta tralha, a um canto abandonadas estão as mochilas, os sacos cama, os colchões e todo o material que de tanto, quase se torna inutil. Juro, que andei a pensar nisto desde manhã. Revi mentalmente a longa lista do que terei de fazer. A roupa que irei levar; a comida que teremos de comprar... dar um ponto ou dois no velhito saco cama; o ano passado a tenda rasgou-se um bocadinho... mais um problema que vou ter de resolver . Fora de mim as coisas continuaram a ser a mesma coisa. A mesma senhora idosa sentada no banco da frente, queixando-se das costas e dos ossos; o senhor tentando não bocejar, escutando-a delicadamente; ao meu lado o eterno par enamorado, acho que se conheceram há uns cinco anos... observei sem querer os primeiros olhares, o beijo timido por eles dado num dia de chuva... meras coincidências; falta uma senhora... ouço uma conversa entre duas amigas dela, afinal não vai chegar atrasada - faleceu vitima de cancro- lamento-o, depois de sete anos a fazer aquele percurso, ela tinha sempre um sorriso amigo de boas vindas, quando me via chegar. Ou seria impressão minha?
Dentro de mim... perdura, este tal sentimento de que está quase, essa distância temporal horrivél... que nos faz continuar no nosso caminho durante mais algum tempo, até termos oportunidade de fugir da nossa resumida realidade.. até lá... vou fazendo listas mentais, observando pares enamorados, velhotas semi doentes; conversas do dia a dia.... no eterno 29.
Pego nas coisas do tal canto escondido, fecho a porta, e subo as escadas com um grande sorriso. Terei muito trabalho pela frente, mas vai valer apena.
px- Não liguem, ideias doidas de quem quer partir... sim...a lista já não precisa de ser revista! :) Tenho de arranjar uma nova actividade.
bjokas e até amanhã
px- Não liguem, ideias doidas de quem quer partir... sim...a lista já não precisa de ser revista! :) Tenho de arranjar uma nova actividade.
bjokas e até amanhã
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