Medos... e remedos

Ontem quando estava a regressar a casa (venho da Morais soares de bus, paro no chile e apanho o metro rumo à linha amarela), aconteceu-me uma coisa muito estranha. Eu sei que tenho imaginação um pouco fértil. É verdade. Não nego. Mas ontem, essa imaginação envergonhou-me um pouco.
Estava eu no metro, sossegada, entretida com o meu livrito (esse mesmo que estão a pensar), quando de repente, olho para a frente e vejo um moço tipo indiano/arabe (qualquer do genero) a dormir. Até aqui tudo normal. Não fosse eu ter começado a pensar, no que tinha acontecido horas antes em londres, atrás das quais, vieram as lembranças de madrid e por aí diante.
Onde está o problema nesta questão? é que eu olhei para o lado, porque me senti mal comigo mesma, e reparei, que não era só eu a pensar da mesma forma. E quando o moço acordou de repente e saíu no marquês, tive a nitida sensação de que a nuvem negra, se tinha ido embora. Houve pessoas que respiraram de alivio. Não sem antes de terem verificado se tinha deixado ali alguma coisa.
Isto está tudo mal. Será que cada vez que virmos pessoas com determinadas caracteristicas, o panico vai actuar? vamos viver no medo? isso faz-me impressão. Sinceramente? não sei viver assim.