quarta-feira, outubro 12, 2005

Apesar de ultimamente não me estar a apetecer escrever, hoje sinto essa necessidade. De deixar correr os meus dedos pelas teclas e apenas ouvir a voz que brota dentro de mim. Nem sei por onde começar, mas também não sei onde vai terminar.·Que hei-de dizer? Espera. Xiu... fecha os olhos e escuta... isso. Ouves? sim, acho que sim. Apenas um leve sussurrar, lá longe. Acho que se aproxima. Está a ganhar força, e neste momento está próximo do meu ouvido... arrepiando-me. Sim, oiço e reconheço! Conta-me coisas... peço-lhe para desvendar segredos que não entendo. Espera! Deixa-me sentar no meu sofá violeta, e abrir a minha eterna janela virada para o mar. O meu mar... amigo e companheiro de tantas horas... o que me contou as lágrimas que caíram pelo rosto, vezes e vezes sem conta; o que escutou a voz do meu coração quando lhe pedi ajuda; ou quando estava com raiva...·Que será que me estará a dizer agora? não percebo! Não sussurres, grita, grita, grita... xiu... silêncio. Fecho os olhos e tento concentrar-me, estou tão perdida... sinto falta de mim; preciso de me possuir de novo. E isto não significa que queira foder-me, porque isso é básico, instantâneo. Necessito de me olhar no espelho e ver-me, não em pedaços, mas inteira.·Agora sim podes falar. Mas fá-lo de modo a que acredite, que as tuas palavras transponham a barreira da tua alma. Faz com que, quando olhar nos teus olhos não duvide delas... mas primeiro, xiu... gosto do silêncio, não me magoa tanto. Tenho medo do depois. Sempre tive... cobardia? não sou tão forte como te disse. Mas quero acreditar que sim, que sou. Infelizmente, quando partes, acabo por demonstrar o contrário... e aí vejo as saudades que tenho de ti.

Quero fugir, daquela casa; daquele sofá; daquela janela... de mim! Cala-te! afinal não te quero ouvir. Vem quando quiseres, mas fico surda perante as tuas palavras. Vem... que eu me dou a ti. sempre o fiz, mesmo quando choro após adormeceres: mesmo que esteja ferida com o mundo e tu nem te apercebas... mesmo... podes vir.

Xiu... já não te disse para ficares calado? sinto falta do teu corpo; do teu toque; do teu sorriso; até do teu olhar maroto que não consegue disfarçar o que está a antever... queria... lá está a voz! Não consigo tira-la da minha cabeça. Sinto-me a sufocar, saio para a rua, preciso de ar. Desato a correr e esbarro em algo... peço desculpa e continuo a correr...

16 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Aí está um texto que vem de dentro para fora! :-)

10:53 da tarde  
Blogger margusta said...

Concordo com o MV.
Foi deixares deslizar os dedos pelo teclado, e deixares sair o que te vai na alma.
Começamos a ler e não se para...estas tuas palavras fazem-me lembrar a água a correr numa fonte ( será que isto faz sentido?)
Beijinhos Kidinha

10:59 da tarde  
Blogger Maria Arvore said...

Podemos correr para dissolver a nossa voz no ruído do mundo, mas continuamos a estar, a ser. :)

Mas depois de mais uma corrida, mais uma viagem em que não nos dissolvemos, a força nasce até onde antes não existia. ;)

11:00 da tarde  
Blogger heidy said...

:)
Até ao ultimo momento pensei em não postar... depois pensei, porque raio não o faria? e aqui está! Seja o que Deus quiser.

11:00 da tarde  
Blogger Perola Granito said...

Ja foste espreitar o nosso Leilão on-line? A iniciativa começou hoje. Esperemos que gostes.

Beijinhos

11:34 da tarde  
Blogger nelsonmateus said...

Obikweeeeeeeeeeeeeeeeeelu
Obikweeeeeeeeeeeeeeeeeelu

2:32 da tarde  
Blogger Unknown said...

heidi- parabens como sabias que "semem~" é a minha musica dos xutos preferidas a par do 1º de agosto.. e outras tantas..muitas mesmo...
beijo

3:20 da tarde  
Blogger heidy said...

sinceramente? não sabia! mas também é uma das minhas favoritas... entre outras. Mas esta não sei porquê destaca-se, emtre as destacadas. :p

besos

4:24 da tarde  
Blogger heidy said...

si puto? lololo isso é falta de comprimido pah!

4:25 da tarde  
Blogger heidy said...

Tou nada a precisar de mimo! sabes como sou, estou sempre a resmungar. É mau feitio mesmo!


Não agradeças. Ainda tenho resmas de canela! :) Pede dose reforçada.

6:25 da tarde  
Blogger António said...

É o que se chama escrever ao correr do pensamento e ao correr da pena.
(se os outros não chamam, chamo eu)
É um estilo muito usado pela Pat.
Expontâneo, libertador.
Saiu-te bem!
Sim senhora!

Jinhos

12:26 da tarde  
Blogger Unknown said...

heidy e ja te apetece???
escrever claro...(hihihihi)

10:51 da tarde  
Blogger heidy said...

Depende... tudo tem um momento. :) De vez em quando, APETECE-ME! lolololol deve ser o meu mau feitio. Filha de 74 é o que dá.

11:16 da tarde  
Blogger dangreg - dani, pros amigos... said...

Tiveste sorte rapariga...
"Ouves? sim, acho que sim. Apenas um leve sussurrar, lá longe. Acho que se aproxima. Está a ganhar força, e neste momento está próximo do meu ouvido... " se fosse eu saia da linha de comboio.

E o algo que tu esbarraste quando ias toda desenfuriada a correr pela rua era eu...vá lá.... ao menos pediste desculpa.

10:09 da manhã  
Blogger heidy said...

opah... sou educada! atão? e não vi? opah!!! ca koisa...
Era a linha de comboio? bolas!!!!

:p

2:12 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

belo vómito...

10:19 da tarde  

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