Sentimentos...
O que fazer quando nos dói algo mas não conseguimos dizer onde? aquela dor na alma que vai além do corpo. Não podemos apontar e dizer... é ali! Como actuar? onde se encontram medicamentos para solucionar esse tipo de situação? não existem. Nem usufruindo de uma anestesia... não podemos fugir. Algo assim tão simples. Entretanto as memórias avançam. Ganham terreno. O lado cinza da vida... aqueles momentos que quero fechar a sete chaves observam-me. Esperam para me atingir como se fossem pedaços de madeira atirados para cima de mim. Daqueles blocos pesados que me deixam inconsciente.
Quero retirar este pedaço de pus... a ferida eternamente aberta que tento esconder. Cozer. Fechar. Não sara. Espera até que me sinta mais frágil para retornar. As lágrimas salgadas descem... de forma constante. Sinto o coração pesado. Parece uma pedra. Como dizer basta e impedir que tudo isto me engula no seu seio. Tento lutar. Verdade. Mas quando abro os olhos, a realidade é a mesma. Seria tudo tão fácil se as pessoas passassem por nós sem marcas. Se os sentimentos não existissem. Se... fossemos máquinas. Apenas isso nestes instantes.
Esperei por ti... e vi a fragilidade da vida no teu rosto. Nas pessoas que te choraram... que sentiram a tua perda... eras um mero corpo. Só isso. Só o lado físico. A tua alma já partiu ontem de manhã. Cansada... depois de tanta luta. Tanto desespero. Dor... agora és livre. Podes voar. Só tens de abrir as asas e seguir a tua luz. Mereces. Tudo finalizou... escutam-se muitos soluços... silêncio... aquele ambiente horrível... e de ti já só sobram cinzas que foram jogadas ao vento. É tudo tão estranho! Ridiculamente oprimente. Subo uns bons metros.
Passo os meus olhos por outra campa... paro junto dela... olho o nome e confirmo. Já não vinha aqui há tanto tempo... um dia longínquo... doloroso... estúpido! Um dia onde fui egoísta. Ralhei tanto contigo... não entendi... não percebi naquele momento o porquê de tudo aquilo estar a acontecer. Estavas bem. Eu estava convencida disso. Pensava que finalmente irias encontrar a tua felicidade. E fiquei zangada quando isso não aconteceu. Passaram anos até perdoar... não sei se o fiz perante a tua pessoa... ou a mim mesma. A culpa. Velha companheira no que a ti diz respeito, assolou-me durante tanto tempo. Demais. Compreendi finalmente que não poderia proteger-te de tudo. Decidiste apagar o teu sorriso... eu só tinha de respeitar. Mais nada. Naquele momento não estive contigo como o fiz sempre. Naquele segundo julguei perder-te. E foi isso que me magoou. Como vês, fui um ser egoísta como referi lá atrás.
Disse-te tudo isto... e muito mais. Segredos que foram ficando por contar. Coisas que te iriam fazer dar aquela gargalhada linda que eu adorava. Depois despedi-me e parti. Um dia regresso. Prometo.
Quero retirar este pedaço de pus... a ferida eternamente aberta que tento esconder. Cozer. Fechar. Não sara. Espera até que me sinta mais frágil para retornar. As lágrimas salgadas descem... de forma constante. Sinto o coração pesado. Parece uma pedra. Como dizer basta e impedir que tudo isto me engula no seu seio. Tento lutar. Verdade. Mas quando abro os olhos, a realidade é a mesma. Seria tudo tão fácil se as pessoas passassem por nós sem marcas. Se os sentimentos não existissem. Se... fossemos máquinas. Apenas isso nestes instantes.
Esperei por ti... e vi a fragilidade da vida no teu rosto. Nas pessoas que te choraram... que sentiram a tua perda... eras um mero corpo. Só isso. Só o lado físico. A tua alma já partiu ontem de manhã. Cansada... depois de tanta luta. Tanto desespero. Dor... agora és livre. Podes voar. Só tens de abrir as asas e seguir a tua luz. Mereces. Tudo finalizou... escutam-se muitos soluços... silêncio... aquele ambiente horrível... e de ti já só sobram cinzas que foram jogadas ao vento. É tudo tão estranho! Ridiculamente oprimente. Subo uns bons metros.
Passo os meus olhos por outra campa... paro junto dela... olho o nome e confirmo. Já não vinha aqui há tanto tempo... um dia longínquo... doloroso... estúpido! Um dia onde fui egoísta. Ralhei tanto contigo... não entendi... não percebi naquele momento o porquê de tudo aquilo estar a acontecer. Estavas bem. Eu estava convencida disso. Pensava que finalmente irias encontrar a tua felicidade. E fiquei zangada quando isso não aconteceu. Passaram anos até perdoar... não sei se o fiz perante a tua pessoa... ou a mim mesma. A culpa. Velha companheira no que a ti diz respeito, assolou-me durante tanto tempo. Demais. Compreendi finalmente que não poderia proteger-te de tudo. Decidiste apagar o teu sorriso... eu só tinha de respeitar. Mais nada. Naquele momento não estive contigo como o fiz sempre. Naquele segundo julguei perder-te. E foi isso que me magoou. Como vês, fui um ser egoísta como referi lá atrás.
Disse-te tudo isto... e muito mais. Segredos que foram ficando por contar. Coisas que te iriam fazer dar aquela gargalhada linda que eu adorava. Depois despedi-me e parti. Um dia regresso. Prometo.
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