quinta-feira, setembro 03, 2009

Entre sentimentos...

Não, não os conseguimos controlar. Empatias... ódios... amores... amizades. Andamos uma vida inteira a girar sobre os ditos. A chorar... a rir... a duvidar... a concretizar... a realizar! Sem eles, sentimos o tal vazio... aquilo que nos enche de ar... que nos preenche... mas... ao mesmo tempo, faz-nos parecer um pequeno balão à deriva. Sem rumo. Sem se encontrar. Uns rebentam... outros sobrevivem ao tempo. Ás manifestações climáticas. Pura e simplesmente, deixam-se levar.
Estava eu a falar de... ah sim... algo ao qual deram o nome pomposo de "sentimentos". Está cientificamente provado, ou seja, racionalmente explicado, que se trata apenas de um conjunto de factores quimicos, que aparecem consoante a energia emanada por cada pessoa. O coração... ou lá o que quer que seja, diz-nos uma coisa diferente. Sendo tão dificil de explicar. Ao ponto, de ainda não ter existido nenhum poeta a exprimir-se sobre o assunto.Não se dá nome... nem categoria... nem especie... apenas está na alma. E doi ou traz alegria. Somente isso. Mais nada. Variam consoante o instante. A pessoa que se encontra presente. O estado de animo. O espaço que nos acolhe. Tudo isto e mais alguns pormenores influenciam a nossa vivência neste campo.
Hoje apetece-me falar disto. Não sou presumida ao ponto de dizer que vou explicar o porquê de... não! Pelo contrário... apenas, quero pensar um bocadinho sobre este tema. Que faz acabar e começar uma guerra... que separa... que junta... que engana... que é translucido. Enquanto ser humano, sinto-me como parte deste ciclo. Desta epopeia. Por vezes dá a ideia de viver num conflito inter-dimensões. Onde cada um de nós gere as coisas\principios de forma tão distinta. O que é A para um, pode ser B para outro, que por sua vez pode ser C para outro individuo.
Existem alturas, onde me sinto perdida. É como se tivesse de viver dentro de mim com formas diferentes daquelas que a sociedade me tenta impor diariamente. Tenho medos... receios... que muitas vezes oculto para não ter de responder por eles. porque assim fui habituada. Porque dar parte de fraca é tornar-me no elo mais fraco, daria poder a algumas pessoas, que não duvidariam em me atingir. Isto é o que está incutido na minha cabeça. Medo e mais medo... e mais medo... de... nem eu já sei o quê. Tento desnudar-me... pego numa faca e esforço-me por abrir a minha alma em duas... pego num cutelo e abro o meu coração à machadada... sai sangue? ainda tem disso? se não sair... é sinal de que não estou morta... apenas hibernei sentimentalmente. Acordem-me se realmente valer a pena. Senão... deixem-me estar. Fiquem somente a observar.

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2 Comments:

Blogger NA said...

Quantas vezes os sentimentos também me afectam, maior parte das vezes negativamente. Quase fico chalupa de tanto pensar. Com o tempo vou aprendendo a digerir mal ou bem.

1:16 da tarde  
Blogger heidy said...

Acho que o grande problema é quando começamos a pensar. Antecipamos problemas, que por vezes não passam de paranoias. Inexistentes. mas naquele preciso instante... parece sufecientemente grave... para nos bloquear. :)
sim, o tempo... é sempre o melhor amigo...

9:42 da tarde  

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