quarta-feira, março 30, 2011

pensamentos... take 2...


Há uns dias atrás... sentia-me presa. Quase nada neste mundo gigante. Hoje... sinto-me como um raio de luz. Alguém... não sei quem foi... ajudou-me. Ofereceu-me de novo capacidades, que de forma natural tinha perdido. Graças a esse ser... estou de novo a ver o brilho das cores... ainda não de forma definida... mas estão lá. A luz entrou... onde até aqui estava quase escuro. Apesar do meu cérebro ainda estar a processar essa nova novidade... a mensagem já chegou. :)

Não sei se sou merecedora desta benesse. Ou qual a razão pela qual fui a escolhida para este pequeno milagre. Não percebo mesmo este tipo de porquês. Só sei que neste momento estou ligada a um ser... cujo nome não sei dizer... nem a sua nacionalidade... se tinha família... a única referência, é a sua idade. A minha. 36 anos. É estranho. Alguém com quem eu nunca tive contacto... foi generoso o suficiente para permitir que eu neste momento... tivesse um dos maiores sentidos, que o ser humano, pode desejar: a visão! Agradeço! Do fundo da minha alma. Volto a agradecer.

Dá que pensar. Não é? num momento... somos só nós. Vivemos a nossa vidinha... temos as nossas coisinhas... o nosso mundinho... noutro... dependemos totalmente de outro ser humano para sobreviver. Afinal, não somos assim tão importantes. Somos apenas um.... mais um.... mais um... e ainda mais... e no fim... formamos um todo! Um conjunto! Aí sim... somos fortes e unos.

Nesta etapa, fui um pouco mais além. Perdi-me. Agora estou aqui. Inteira. Ou quase. Quero luz à minha volta. Muita. Nada de escuridão. Chega. :) Desejo vida. Sorrir. Quero agarrar as coisas com os meus dedos. Em meu nome... e... no da pessoa que me auxiliou. Cada pedra.... cada flor... cada sentido... o azul do meu mar... do céu... o verde da relva... as cores do arco-íris... vão ter um brilho especial. Quase os perdi. E isso... não vou esquecer. A sensação de que podia ser a última vez, que estava perante isso tudo... é... tremenda. E dá tanto medo. Mas tanto... o de não voltamos a ver as caras de quem amamos... não voltar a fazer determinadas coisas que gostamos... o ver fugir a nossa autonomia... é... algo... que nos faz sofrer... temer pelo futuro... sentimo-nos tão.... desprotegidos. Principalmente, quando levamos uma vida a lutar pela nossa independência. Custa. magoa. Mas já passou! Metade está feito! Venha a outra parte quando esta estiver a 100%. Como costumo dizer: amanhã é sempre um novo dia. O ontem já é passado! :)

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quinta-feira, setembro 03, 2009

Entre sentimentos...

Não, não os conseguimos controlar. Empatias... ódios... amores... amizades. Andamos uma vida inteira a girar sobre os ditos. A chorar... a rir... a duvidar... a concretizar... a realizar! Sem eles, sentimos o tal vazio... aquilo que nos enche de ar... que nos preenche... mas... ao mesmo tempo, faz-nos parecer um pequeno balão à deriva. Sem rumo. Sem se encontrar. Uns rebentam... outros sobrevivem ao tempo. Ás manifestações climáticas. Pura e simplesmente, deixam-se levar.
Estava eu a falar de... ah sim... algo ao qual deram o nome pomposo de "sentimentos". Está cientificamente provado, ou seja, racionalmente explicado, que se trata apenas de um conjunto de factores quimicos, que aparecem consoante a energia emanada por cada pessoa. O coração... ou lá o que quer que seja, diz-nos uma coisa diferente. Sendo tão dificil de explicar. Ao ponto, de ainda não ter existido nenhum poeta a exprimir-se sobre o assunto.Não se dá nome... nem categoria... nem especie... apenas está na alma. E doi ou traz alegria. Somente isso. Mais nada. Variam consoante o instante. A pessoa que se encontra presente. O estado de animo. O espaço que nos acolhe. Tudo isto e mais alguns pormenores influenciam a nossa vivência neste campo.
Hoje apetece-me falar disto. Não sou presumida ao ponto de dizer que vou explicar o porquê de... não! Pelo contrário... apenas, quero pensar um bocadinho sobre este tema. Que faz acabar e começar uma guerra... que separa... que junta... que engana... que é translucido. Enquanto ser humano, sinto-me como parte deste ciclo. Desta epopeia. Por vezes dá a ideia de viver num conflito inter-dimensões. Onde cada um de nós gere as coisas\principios de forma tão distinta. O que é A para um, pode ser B para outro, que por sua vez pode ser C para outro individuo.
Existem alturas, onde me sinto perdida. É como se tivesse de viver dentro de mim com formas diferentes daquelas que a sociedade me tenta impor diariamente. Tenho medos... receios... que muitas vezes oculto para não ter de responder por eles. porque assim fui habituada. Porque dar parte de fraca é tornar-me no elo mais fraco, daria poder a algumas pessoas, que não duvidariam em me atingir. Isto é o que está incutido na minha cabeça. Medo e mais medo... e mais medo... de... nem eu já sei o quê. Tento desnudar-me... pego numa faca e esforço-me por abrir a minha alma em duas... pego num cutelo e abro o meu coração à machadada... sai sangue? ainda tem disso? se não sair... é sinal de que não estou morta... apenas hibernei sentimentalmente. Acordem-me se realmente valer a pena. Senão... deixem-me estar. Fiquem somente a observar.

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