Estranhos sentimentos...
"Onde estás...?"-perguntas tu- "Aqui"-respondo eu-. Começas a andar. Fico sentada. Levanto a minha cabeça e observo. Quem? O quê? Para que lado? não sei. Também já não me interessa. Deixei de me importar. Paras e olhas para mim. -"Então?... não vens?"-questionas-... não tenho vontade. As pernas parece que pesam kilos... o banco está confortável. Apetece-me fechar os olhos... esquecer tudo. Até da tua pessoa. Desse caminho. Deste sentir que arranca do meu peito soluços que não compreendo. Não te quero ao meu lado. Mas, ao mesmo tempo fico com saudades tuas. Não te desejo sentir. Mas, quero as tuas mãos. O teu toque, Farto-me de mim enquanto devoro com o meu olhar as tuas insinuações. Não posso voltar atrás. Existem alturas onde não desejo andar para a frente. Onde me perco dentro dos meus sentires...
"Anda..."-chegas perto de mim... pegas na minha mão... fixas o teu olhar dentro de mim... e ajudas-me a levantar-. Eu vou. Mas por breves momentos, disse-te adeus. Vi a minha vida sem ti. Reconheci instantes de desespero, porque queria sem desejar. E desejei sem querer. Dualidade monocromática. Uma compreensão incompreensível. Uma solução desfeita. Liquida. Uma satisfação insatisfatória. Mas vou. E consigo sorrir. Verdade ou consequência? castigo. Sempre.
Neste dia cinzento, no meio de um parque obscuro... com a palma da tua mão perto da minha... sinto o teu calor. Começa a espalhar-se pelo meu corpo. Vejo o meu sol espelhado no teu rosto.
(Escrito numa qualquer viagem de comboio há muitos anos. Sem ser realmente importante.)
"Anda..."-chegas perto de mim... pegas na minha mão... fixas o teu olhar dentro de mim... e ajudas-me a levantar-. Eu vou. Mas por breves momentos, disse-te adeus. Vi a minha vida sem ti. Reconheci instantes de desespero, porque queria sem desejar. E desejei sem querer. Dualidade monocromática. Uma compreensão incompreensível. Uma solução desfeita. Liquida. Uma satisfação insatisfatória. Mas vou. E consigo sorrir. Verdade ou consequência? castigo. Sempre.
Neste dia cinzento, no meio de um parque obscuro... com a palma da tua mão perto da minha... sinto o teu calor. Começa a espalhar-se pelo meu corpo. Vejo o meu sol espelhado no teu rosto.
(Escrito numa qualquer viagem de comboio há muitos anos. Sem ser realmente importante.)