quinta-feira, dezembro 01, 2005

Miguel Real...

Para muitos, o nome não diz absolutamente nada... para outros, como eu, diz muita coisa. Foi meu professor de Filosofia. Um grande professor diga-se de passagem. Sim, estou a fazer esta afirmação. Sei que várias vezes, ouviram criticas, sobre o ensino; professores etc... mas jamais me atreveria a dizer algo negativo sobre esta pessoa. Apesar de ser uma pessoa publica; apesar de ter um enorme conhecimento sobre os mais variados campos, acima de tudo não esquece que é formador. É daqueles que apesar de os anos passarem, volta atrás, se nos vir na rua, só para perguntar se estamos bem; como nos correram as coisas.
Pois é... estava eu a gozar as ultimas horas de feriado, quando de repente no meio de um zapping, dei com ele no SIC noticias a apresentar os seus mais recentes livros. Está claro que fiquei pregada ao comando, sem deixar de sorrir... porque, as palavras dele, a sua sincera simpatia... me fizeram recordar muitos momentos passados nas suas aulas, nem da parte do blitz me esqueci; ou das bolachas... ou dos seus conselhos paternais...
Bem, recomeçando a conversa... estou a escrever este texto lamechas (mais um), para vos dar duas propostas de leitura...


As Descobertas e a paixão das viagens são as marcas do Centro Nacional de Cultura. Os Portugueses ao Encontro da Sua História tornou-se um ciclo fantástico, de procura e de encontro do mundo que os portugueses criaram e da língua que se tornou pátria de várias pátrias – Brasil, Marrocos, Índia, Japão, Indonésia, costa africana, S. Tomé, Cabo Verde…
Círculo de Leitores e o Centro Nacional de Cultura acabam de editar o Diário da viagem a África de Setembro de 2004. Atlântico: a viagem e os escravos de Miguel Real com ilustrações de Adriana Molder e fotografia de Noé Sendas, cujo lançamento decorrerá na Galeria Fernando Pessoa do Centro Nacional de Cultura no próximo dia 14 de Dezembro pelas 18h30.
e...
A Voz da Terra, de Miguel Real, da Editora Quidnovi


Desculpem o valor sentimental que dei a esta questão. Para mim, as pessoas valem pelo que valem... e este homem tem um lugar especial dentro das minhas memórias.

19 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Bora lá nina, hoje dá pra tudo hihihi tenho o meu Caranguejo em viagem, uma boa conversa e é claro a canela dá sempre jeito hihihi jinhos, Ps: gostei muito do teu texto, é maravilhoso termos sentimos como este... Nana bem.
ps: não te esqueças dos copos e´que cá em casa eles estão sempre a "descolar"... vamos lá ver se o meu pai natal me coloca uns copitos na meia ;-)

12:35 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Não há dúvida... Tu às vezes surpreendes-me... e agora, mais uma vez (Éhhh Lááá... foram poucas... não penses!), o que te salvou de um arrebatado, impulsivo e espontâneo beijo na boca... foi isso ainda não ser "virtualmente possivel" através destas teclas que por ti martelo! É prosaico... mas é verdade... depois do que li sobre o teu prof. não te "safavas"... até porque nestas coisas sou lépido e fosse qual fosse a tua reacção... seria sempre tardia e inútil. Tu não tens vergonha da tua "dessintonia comovente" com as tuas congéneres (as gajas!!!) da tua própria geração... NÃO TENS VERGONHA de emocionares assim UM GAJO? HÃ???

3:09 da manhã  
Blogger nelsonmateus said...

jisuuuuus! nem m fales em livros ... tenho 1 prateleira cheia d livros k comprei e k ainda nã li. :(

11:48 da manhã  
Blogger heidy said...

Puto:
Eu também tenho uma tarefa desse tipo cá por casa. Desde Julho, que tenho andado a adiar a leitura de alguns... ainda nem sequer peguei em alguns que comprei durante as férias. :( E nem sequer acabei de ler o H.P. é duro... toda a gente sabe o final à minha roda e eu roidinha por não querer que me contem. Ufa... mas tenho-me aguentado!

woman:
Bora! Oh catraia... tell me the name of the place. And i will be there. :)
Já te disse: o jameson é meu (ainda estamos a dever uma garrafa à Pat).

Hánhuca: (o man que me faz fazer enormes testamentos)
Eu não tinha intenções! Por quem sois gentil cavalheiro? e essa do beijo na boca sem consentimento da dama em questão, não é antimoralista? e lá voltamos nós à velha questão... o que significa um comportamento moral afinal?
O que escrevi sobre o meu prof, foi pouco. Acredita! Eu, que sou tão critica em relação a essa classe, que não faço grandes cerimónias, nem coloco tapetes vermelhos, a este senhor, e a um outro, faço uma reverence. Nem imaginam, o prazer que ele tem em dar aulas... o saber que os alunos estão ali, de corpo e alma. E porquÊ? porque ele sabe transmitir aquilo que sabe com amor.
Tive sorte. Sim, isso mesmo. Poderia nunca ter redescoberto o prazer de aprender, de querer saber mais. Mas no meu caminho cruzaram-se dois homens que puxaram por nós, com um carisma, com atitudes. Mesmo quando estavamos desmotivados, porque aconteceu, foram os unicos que acreditaram em nós; que disseram que tudo dependia de nós, não de quem nos estava a tentar prejudicar. Pena é, que a grande maioria não tenha a mesma vocação que estes senhores têm.
Lamento mesmo.
E pronto, lá me alonguei de novo. Não te surpreendas hánhuca, ás vezes, tenho a especial mania de falar com o coração nas mãos. Deve ser defeito da minha geração... o cravo, ainda deve ter feito moças. :) Sim, porque o ter nascido dias depois da revolução, tem destas coisas... por vezes racionais; outras, aprendizes de poetas (no meu misero caso)... noutros... revolucionários de alma e racionais por obrigação. :) Tudo isto, acreditando no pai natal, dá uma mix bastante complicada... e muito condimentada...

3:56 da tarde  
Blogger Unknown said...

Pode ser uma boa opção de oferta de natal...hei-de ir ver!

6:10 da tarde  
Blogger heidy said...

:P MEnina, olha que foi mais o coração a falar. Ainda não tenho ideia de como são estes livros. Mas confio nele. :)

11:05 da tarde  
Blogger Ovelha Negra said...

Eu sou meia esquesita a ler livros...acredito que quando começo a ler um livro e ele me maça ou não me "prende"...ainda não estou preparada para o ler. Assim, costumo ler 5 ou mais livros ao mesmo tempo lol. a verdade é que há livros que só tornei a pegar uns anos depois e que me deram muito gozo a ler. Há outros que li uma porrada de vezes e aqueles que me custaram valentes horas à cama. Adoro ler

2:07 da tarde  
Blogger heidy said...

Idem! Eu sou daquelas, que quando me entusiasmo, começo na primeira, e só termino na ultima, aí entra a minha parte de dormir em pé... quase. :p

3:22 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

A tua modéstia é "tocante" mas nada tem a ver com as tuas capacidades de poetisa... e a racionalidade cartesiana é essencial para estruturar o "empirismo" com que se deve viver esta vida... a ÚNICA que temos e que não devemos desperdiçar... nem por sonhos revolucionários de mudar este mundo miserável, para não nos arrependermos de a ter sacrificado a quimeras destruidas pelos nossos próprios contemporâneos...

Aprendizes... só de feiticeiros!

Acreditar no pai natal, é muito PERIGOSO!

Já a MIX bastante complicada... e muito condimentada... é uma ÓPTIMA maneira de estar na vida.

Beijos no céu da boca e muita água fresquinha!!!

3:35 da tarde  
Blogger Unknown said...

Eu percebi que era o coração a falar heidy, por isso disse que havia de ir ver...:-)

5:08 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Já disse à Perfect que hoje... estou "parco" de palavrório e portanto... transcrevo:

*Elogio ao amor (Miguel Esteves Cardoso)

"Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas.
Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la.

Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A
culpa é minha.

O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é
por falta de clareza. Serei muito claro.

Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo.

O que quero é fazer o elogio do amor puro.


Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade.
Já ninguém quer viver um amor impossível.

Já ninguém aceita amar sem uma razão.

Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática.
Porque dá jeito.
Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão
bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido.
Porque é mais barato, por causa da casa.
Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das
contas da lavandaria.

Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo
de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo".

O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes
tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões.

O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica
de camaradagem.

A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível.
O amor tornou-se uma questão prática.

O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de
verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.

Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor
estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de
conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.

Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão
comodistas como os de hoje.

Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo
de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá
bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides,
borra-botas, matadores do romance, romanticidas.

Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a
saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença
que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao
mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra.


O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o
repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o
pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".

Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso.

Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não
se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores.
O amor fechou a loja.
Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade.

Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo.

O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos
ajudar, não é para nos fazer felizes.
Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar.

O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao
céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.
O amor é uma coisa, a vida é outra.

A vida às vezes mata o amor.

A "vidinha" é uma convivência assassina.

O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio,
não é um destino. O amor puro é uma condição.
Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima.
O amor não se percebe.
Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente.
O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do
que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.

O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária.
A ilusão é bonita, não faz mal.

Que se invente e minta e sonhe o que quiser.
O amor é uma coisa, a vida é outra.
A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida.
A vida que se lixe.
Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre.
Ama-se alguém.

Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente.

O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia
e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha
- é o nosso amor, o amor que se lhe tem.

Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber,
amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado,
viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder.
Não se pode resistir.

A vida é uma coisa, o amor é outra.

A vida dura a Vida inteira, o amor não.

"Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."

Concordo em absoluto com esta opinião do MEC sobre o actual estado de coisas e... sobretudo com esta modernaça actitude amorosa que está na MODA em PORTUGAL (leia-se LISBOA...) e que EU costumo designar por "RELAÇÕES FUNCIONAIS"...

11:21 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Já agora... os meus testamentos são maiores que os teus!

11:22 da tarde  
Blogger nelsonmateus said...

as bohémias e vinho tinto deram cabo d mim ... HELP ME!!!

3:01 da manhã  
Blogger heidy said...

Estás melhor puto? eu também ando entupida de benurons e afins...há cerca de uma semana que ando com uma gripe daquelas, gigantes. :) Enfim... gozei... mas, ficaram as consequências. :(

Menina:
Acho bem que o tenhas percebido. mas amanhã, já tenciono verificar se é uma prenda jeitosa aqui para a je. :p Mas o grande problema, é se me meto na FNAC... ai madre mia... cada vez que lá vou, trago algo. :( E a natura ali ao lado...

Hánhuca:
Vive-se o amor, consoante o que se quer viver, ou como se quer viver. Existe o lado pleno, com direito a flores... jantar à luz de velas; o olhar a dizer aquilo que as palavras não conseguem exprimir... os sorrisos meigos; o ciume; o desejo; a paixão inerente; o friozinho na barriga, quando sentimos o toque do ser amado. E o lado de protecção,de cautela... de ansia pelo que vem, sem viver o que está a acontecer neste preciso momento.
As pessoas já não sabem lidar coms entimentos. Têm medo. Muitas vezes, só reconhecem que estão apaixonadas, quando o outro se vai embora. Quando cai a primeira lágrima; quando olham para o lado e sentem um aperto no coração, porque o outro já não está lá...
talvez a culpa seja dos poetas, que nunca souberam explicar o que significa a palavra amor. Ou será que a culpa é dos médicos? afinal, se descobrissem um antidoto, para essa doença, tudo seria mais fácil. O pessoal poderia proteger-se e viver algo... não muito forte, apenas o suficiente para sentir prazer. Mas não! Não se inventou, mas o virus, instala-se quando menos esperamos, e só vai embora, quando lhe apetece. Não temos escolha... nem feitiço para essa situação.
Não acredito que as pessoas não vivam o amor. Não quero acreditar. Apenas não têm o tal tempo, para se entregarem aos pequenos prazeres que esse sentimento traz. É pena, mas é verdade. Tenho a certeza, que teriam um sorriso muito mais aberto, se esquecessem algumas, em prol de...
Mas afinal hánhuca... quem não gostaria de viver o tal grande amor? aquele que nos tirasse os pés do chão; que faria os nossos olhos brilhar; a quem diriamos "Amo-te" sem receio e de coração aberto... o tal ser onde reconheceriamos o ponto luminoso no ombro esquerdo, ou seja, a nossa alma gémea...
Será sonho?

8:05 da tarde  
Blogger Unknown said...

Se a fanc fosse um perigo só para ti...cadé os outros? :)

11:59 da tarde  
Blogger heidy said...

Em relação aos outros não sei moça. Mas em relação a mim... tenho de me vacinar... o que vale é que sou alérgica a multidões.E nesta altura aquilo deve estar quenteeeeeee.... por isso, vou manter-me afastada. Amanha estou com intenções de lá dar uma olhadela... mas há hora que é, não deve fazer muita diferença. :p

12:15 da manhã  
Blogger pisconight said...

Cada vez tenho menos tempo para ler e pelo que tenho visto é geral. O pessoal começa a amontoar livros para ler nas prateleiras...
;)

10:43 da manhã  
Blogger Unknown said...

Nesta altura não há loja nenhuma em centro comercial nenhum onde se possa andar...eu ontem estive fui ao parque das naçoes para ver o nody, mas como era cedo fui ao Vasco da Gama, aquilo estava que não se podia, completamente a abarrotar de gente...desisti logo!

9:45 da tarde  
Blogger nelsonmateus said...

heidy! yeaaaaaaaaaaah!
já tou melhor, sim senhora! :)

ps: alias ... eu nã estava mal! antes pelo contrário! eh! eh! eh!

12:33 da tarde  

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