O mundo que te rodeia...

Ontem pela primeira vez peguei num dos álbuns de família e sentei-me junto de ti para ver se estavas interessado. Folheaste com esse teu arzinho curioso, e qual não foi o meu espanto, quando de repente paraste e apontaste para uma pessoa: "eilá"? (significado= o que é...? ou, quem é?), olhei... e fiquei sem palavras. Acertaste em cheio numa das pessoas que eu mais amei até hoje, aquela que mesmo passados todos estes anos, está bem presente no meu coração: a avó paterna. Para ti, será a bisavó. Não sei o que te fez parar nessa fotografia, mas o interessante, foi notar, que eu respondi... continuaste o teu caminho, mas voltaste para trás à procura da dita foto. Coincidência? Achei estranho. Tantos rostos... tantos momentos... e foi aquela fotografia que te causou impacto. Ontem, achei que eras muito pequenino para perceberes o que te quero dizer sobre aquelas pessoas. Disse os nomes... fiquei pelo lado simples. Mas um dia... daqui a alguns aninhos, desejo contar-te tudo o que sei sobre aqueles seres. Quero transmitir esse legado. :)
De uma coisa tenho a certeza: aquela mulher iria amar-te de forma plena! Tal como amou cada neto que ela conheceu, e mesmo aqueles que não conseguiu ver nascer, como a tua mamã... também os levou com ela, dentro do seu coração. Ontem quis falar-te do seu colo... do enorme sorriso que ela tinha mesmo quando nós, os seus "pequeninos" fazíamos porcaria da grossa.. do carinho que nos transmitia... da voz calma.. Só não me perguntes como é que era o som da sua tonalidade. Já não me recordo. O tempo diluiu essa parte e é das coisas que me deixa mais triste. Mas o resto? um dia, vais ficar a saber\conhecer. Prometo! :)

Regressar...

Eu disse-te que a vida iria continuar. Fazendo tu parte da minha, ou eu da tua... ou simplesmente nenhuma destas opções, o comboio jamais fica parado no mesmo destino de forma eterna. De quem é a culpa? das paisagens que mudam... do tempo que se transforma. Por vezes, o frio envolve o nosso coração e afasta o sol. Torna o encontro em desencontro. Olhando pela janela, a velocidade com que vamos percorrendo este caminho acelera... não existe oportunidade para pensar no que foi, naquilo que é hoje... e no talvez do dia de amanhã. Ou nunca... será? faço-te um desafio: compra um bilhete... senta-te no nosso banco, lê as notas que te deixei... e entra numa viagem sem rumo. Pode ser que em qualquer paragem eu esteja lá de novo.



(13 de Junho, 1994. Encontrei hoje no meio de cadernos perdidos...)

Imaginação...

Bem, neste momento, o baby T. colocou a família toda em estado de gravidez comunitária. :P O que significa isto? quando um menino de 15 meses anda à procura do mano em todas as barrigas que passam por ele, só pode ter essa designação: o M. está na barriga do avô, da avó, na minha, do pai e claro... na mãe. :P Como será ter aquela idade? como é que se observa o mundo que o rodeia? já todos passámos por aquela fase, temos memórias... mas... esquecemos tantas coisas. Depois queremos recordar. É isso que eu desejava fazer. Para ter uma ideia. Por um lado, ele tem consciência emocional e material do que se passa. Numa forma simples. Por outro lado, ainda não consegue expressar esse sentir através de palavras. Embora aquele sentir seja demonstrado de forma mais verdadeiro... sem barreiras...

Vamos ver como correm os partos. :P

Energia positiva...

100 vezes:

Energia positiva...
Energia positiva...
Energia positiva...
Energia positiva...
Energia positiva...
Energia positiva.............


E como começou? escutando a minha música! Incrível a concordância com o timing pretendido! Fiquei logo a pensar: Sim!!!! Vai ser um ano em cheio! :P E vai! E vai! E vai!!!!! Só pode! :)))